Ricardo Mucci, presidente da Cisco do Brasil, fala da importância da tecnologia para garantir conectividade, segurança e colaboração. Ricardo: trabalho híbrido envolve qualidade dos meios de conectividade e a segurança da informação (Cisco/Divulgação).
O trabalho híbrido veio mesmo para ficar. Essa é a opinião de Ricardo Mucci, presidente da Cisco no Brasil. Depois de dois anos de pandemia e um home office forçado, agora as empresas começam a adotar um modelo parte presencial, parte à distância – algo que requer uma mudança de mentalidade dos gestores, acredita Mucci.
“Os líderes, principalmente os com mais de tempo de carreira, precisam passar por uma mudança cultural, de pensamento”, afirma. “Ainda existe aquela visão de que é preciso observar o colaborador de perto para garantir que ele esteja trabalhando e produzindo.” Esse tipo de gestor, diz o executivo, precisa se reinventar e passar pela mudança cultural, porque o modelo híbrido requer uma relação de confiança entre líder e liderado.
Mucci fala com conhecimento de causa. A Cisco adota o modelo híbrido há tempos, bem antes de a pandemia de covid-19 surgir. “Anos atrás a companhia promoveu uma mudança cultural para o colaborador poder executar o seu trabalho de qualquer lugar”, conta o presidente da empresa no país. “Houve, inclusive, o ‘enxugamento’ de nove prédios nesse programa só na matriz nos Estados Unidos.”
Antes mesmo de ser o líder da Cisco no Brasil, cargo que ocupa desde junho de 2021, Mucci já atuava no modelo “anywhere office” quando era diretor de vendas para a área governamental na multinacional e viajava pelo Brasil a maior parte da semana.
E, recentemente, a Cisco global determinou que nenhum funcionário precisa voltar ao escritório – só vai presencialmente se assim desejar, seguindo uma tendência: segundo pesquisa desenvolvida pela Harvard Business School, 81% das pessoas não querem voltar ao escritório ou preferem uma agenda flexível.
“A visão aqui é a da liberdade”, diz Mucci, lembrando que diversos colaboradores da companhia deixaram as grandes cidades para viver no interior ou no litoral durante a pandemia – e continuam exercendo o trabalho com a produtividade esperada.
Webex: tradução em tempo real
Essa realidade do trabalho híbrido já é possível na Cisco há anos em razão tanto da mudança de mentalidade como pela tecnologia disponível aos colaboradores.
A plataforma de colaboração Webex, desenvolvida pela companhia e disponível para empresas de todos os portes, fornece absolutamente tudo o que é necessário para uma experiência de colaboração híbrida.
Além de permitir as videoconferências com recursos avançados de clareza de voz, como o bloqueio de ruídos do ambiente externo – se há uma reforma no vizinho, por exemplo, quem está do outro lado da tela não ouve o barulho –, a ferramenta agora ganha uma nova funcionalidade: a tradução em tempo real. Dessa forma, um interlocutor que fala em outro idioma será traduzido durante a chamada, ampliando as possibilidades de comunicação para mais profissionais. “É mais uma quebra de barreiras”, pontua Mucci.
Além disso, o Webex tem uma criptografia reforçada de ponta a ponta, que inclui a verificação de identidade, garantindo o sigilo e a segurança necessários para as trocas de dados.
A segurança da informação, vale mencionar, se tornou ainda mais crucial nos últimos dois anos, com uma maior diversidade de dispositivos em uso fora dos ambientes corporativos. Em setembro de 2021, para ter uma ideia do tamanho no desafio, a força de trabalho híbrida foi alvo de mais de 100 milhões de ameaças de e-mail, de acordo com o Cisco Hybrid Work Index – HWI. “O trabalho híbrido é muito mais que somente uma interação de qualidade”, ressalta Mucci. “Envolve a qualidade dos meios de conectividade e a segurança da informação”.
Conectividade, segurança e colaboração
Isso quer dizer que para o trabalho fluir com bom desempenho a conexão precisa ser robusta. Hoje, com tantos dispositivos conectados à mesma rede de internet, como o Netflix, o Spotify e o YouTube nos tablets, smartphones, notebooks e TVs da casa onde se está executando o home office, é preciso garantir um nível de conexão para que o tráfego de informações de trabalho seja priorizado. “O Webex, em função de sua tecnologia, tem prioridade de conexão”, explica Mucci.
Em relação à segurança dos dados, além da criptografia ofertada pela plataforma da Cisco, os dispositivos usados para o trabalho precisam ter a política de segurança da informação adequada aplicada a eles. “Não é só antivírus”, diz o executivo. “É preciso garantir a segurança de todos os dados que transitam pelos dispositivos, para assegurar o compliance em relação à LGPD.”
Por fim, diz Mucci, o terceiro ponto para um trabalho híbrido eficaz é a colaboração. “Como se garante um ambiente altamente colaborativo para os funcionários que estão à distância?”, questiona.
A resposta está em uma ferramenta robusta que dê arcabouço de voz, vídeo, troca de mensagens, de informações, formação de grupos para colaboração interna e troca de materiais. “Temos de deixar os funcionários com a flexibilidade para trabalhar de qualquer lugar”, afirma Mucci.
Ele mesmo é um defensor do modelo híbrido. “A gente conquistou liberdade com o trabalho à distância”, diz. “Posso dizer que esse novo formato mudou a minha vida por completo. Comecei a praticar exercício físico, perdi 20 quilos, me dedico mais à família, estou mais perto dela.”
Esta, certamente é uma mudança que também aconteceu em grande parte da força de trabalho. Na Cisco, ele comenta, o trabalho híbrido aumentou a produtividade de todos.
A companhia reabre seus escritórios em breve para quem preferir trabalhar presencialmente. “É parte da liberdade, de ir e vir, quando quiser”, diz o executivo.
Fonte:Trabalho híbrido é sinal de liberdade e produtividade, diz Cisco | Exame